Crítica: Fragmentado (Split)

Guilherme Lima

Fragmentado (Split) é um filme de suspense/horror lançado em 2017. O longa é dirigido por M. Night Shyamalan, o mesmo diretor de "O sexto sentido" e "Corpo fechado", além de contar com atuações de James McAvoy (X-Men: Primeira classe) e Bruce Willis (Duro de Matar). A trama se desenvolve ao redor de um sequestro envolvendo três garotas e seu sequestrador, Kevin. Ao serem sequestradas quando saíam de uma festa, elas são levadas para um local desconhecido, e muito bem planejado para evitar qualquer tentativa de fuga. Uma das garotas, Casey (Anya Taylor-Joy) terá um papel de destaque visto que em paralelo à trama principal vemos o desenvolver de sua história, algo que a faz ter uma conexão com uma das personalidades de Kevin. Também, no local para onde foram levadas, somos introduzidos a Kevin (James McAvoy) um homem que sofre de transtorno de múltipla personalidade. Ao longo do filme somos apresentados gradualmente a 5 das 23 personalidades que ele possui. Conforme o longa se desenvolve tomamos conhecimento do porque as três garotas sequestradas no início do filme foram escolhidas, além de entendermos como funciona o transtorno de Kevin. Além disso, somos introduzidos a diversas personagens secundárias que trazem um embasamento científico ao filme, como a Psiquiatra de Kevin e outros pesquisadores. Split, ao nos introduzir a um problema como o transtorno de múltipla personalidade consegue ser genial graças à atuação de James McAvoy que dá vida à todas personalidades de Kevin. O ator consegue representar personalidades femininas, psicopatas e até infantis com extrema destreza. Além disso, o clássico Plot-Twist (Revés no roteiro) característico do diretor M. Night Shyamalan também se faz presente no filme, nos deixando boquiabertos com o final. Fragmentado também é filmado em um ambiente claustrofóbico que, durante todo o filme, nos traz a sensação de falta de ar. As explicações científicas para a condição de Kevin são, por muitas vezes, condizentes com a realidade, podendo ser citada como exemplo a de que cada personalidade pode desenvolver um problema de saúde diferente, como o diabetes, sem afetar as outras, algo que já foi provado em pacientes com transtorno de dupla-personalidade. 
O filme, que foi concebido como uma continuação de O sexto sentido e O corpo fechado, é extraordinário. Os atores e o diretor conseguiram trabalhar em sincronia para criar uma obra de arte. Todos os detalhes que dizem respeito à trama foram muito bem pensados, algo que faz com que o espectador se sinta incluído no universo cinematográfico. O longa com quase certeza causará uma boa impressão no Oscar de 2017.

Trailer:

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